30/09/15


© Lisa Cholodenko | Olive Kitteridge, 2014
© Lisa Cholodenko | Olive Kitteridge, 2014


Life is a messy odyssey that straddles the line between comedy and pathos. 

Lisa Cholodenko

28/09/15

© Fernando M. | Agosto, 2015

Abre o meu corpo
para um lado misterioso e frágil.
Distende o meu corpo. Depois encurta-o retira-lhe 
contorno, peso.

Fernando Assis Pacheco

23/09/15

© Martin Parr/Magnum Photos | Martin Parr estúdio, 2009


Memória como um quarto, como um corpo, como um crânio, como um crânio que encerra o quarto no qual um corpo está sentado. Como na imagem: «um homem estava sentado sozinho no seu quarto».
«O poder da memória é prodigioso», observa Santo Agostinho. «É um santuário imenso, imensurável. Quem poderá sondar as suas profundezas? E, no entanto, é uma faculdade da minha alma. Embora faça parte da minha natureza, o certo é que eu não posso compreender tudo aquilo que sou. Isto significa, portanto, que a mente é demasiado estreita para se conter inteiramente a si mesma. Mas onde está a parte da mente que a própria mente não contém? Estará algures fora da mente ela mesma e não dentro dela? Nesse caso, como poderá fazer parte de mente, se não é contida por ela?»

Paul Auster, in Inventar a solidão

18/09/15

© Sebastião Salgado | Campo de Refugiados -Tanzânia, 1994


"Somos um animal muito feroz, um animal terrível, nós, os humanos. Seja na Europa, seja em África, seja na América Latina, seja onde for. Somos de uma violência extrema. A nossa história é uma história de guerras. É uma história interminável, uma história de opressão, uma história de loucura.

Sebastião Salgado, in O Sal da Terra

14/09/15

© Enzo Sellerio


nas casas as luzes apagam-se como pessoas desaparecidas
uma noite a hora muda e ficamos tristes uma hora mais cedo
o perfume do outono fica nas papilas, nos olhares
...

Rosa Oliveira

10/09/15

© Berengo Gardin

...ensinaste-me
a sermos dois; e a ser contigo aquilo que sou,
até sermos um apenas no amor que nos une,
contra a solidão que nos divide. Mas é isto o amor...

Nuno Júdice

07/09/15

© André Kertesz


Claro, dirão, ler é bom para os sentimentos, para os abanar: por favor, não introduza dados quantitativos no prazer da leitura.
Porém, não esquecer: o que faz cada um com o que leu à velocidade que leu? Paisagens e sítios de chegada. Contabilidade económica da leitura.
(Não podemos ler tudo. Somos mortais, meu caro)

Gonçalo M. Tavares, in Breves notas sobre ciência, o medo e as ligações