16/05/14

Não consegui nunca ver-me de fora.

© Dziga Vertov - The Man with a movie camera, 1929

"Não há espelho que nos dê a nós como foras, porque não há espelho que nos tire de nós mesmos. Era precisa outra alma, outra colocação do olhar e do pensar. Se eu fosse actor prolongado de cinema, ou gravasse em discos audíveis a minha voz alta, estou certo que do mesmo modo ficaria longe de saber o que sou do lado de lá, pois, queira o que queira, grave-se o que de mim se grave, estou sempre aqui dentro, na quinta de muros altos da minha consciência de mim. in O Livro do Desassossego

5 comentários:

  1. Anónimo11:31

    Vi o vídeo apenas uma vez, encantei-me. Hoje, reencontro-o aqui. Faz todo o sentido. Blog maravilhoso este.

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    1. Muito obrigada Júlia. O mérito é todo dos autores e do Prof. Delfim Sardo que nos deliciou com uma belíssima conferência.
      E grata pela visita!

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    2. Anónimo15:54

      Todo, todo, não é. Há também o mérito do encontrador destas belezas.

      (Roubei, com as devidas referências. obrigada.

      http://correiodajuliapaixao.blogspot.pt/2014/05/grata-ao-inconformismo-e-vanguarda.html)

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    3. Júlia, o teu 'correio' é que é maravilhoso.
      Mais uma vez agradeço tudo.

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    4. Anónimo15:58

      Coro e saio de fininho.

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