25/06/13

© Fernando | Junho, 2013

"(...) sim, sempre com a minha mão no teu ombro, agarrados um ao outro, apoiando-nos um ao outro, fugimos, como dois amantes solitários e desesperados neste universo aterrador e cheio de fealdade, que só o amor permite enfrentar, e pronto, deixamos tudo para trás de nós, caminhamos sob as árvores, pelas ruas vazias, silenciosas e melancólicas, olhamos para as luzes coloridas dos restaurantes e dos cafés, ao longe, e falamos, com um entendimento mútuo vindo do fundo do coração, como dois apaixonados de quem o mundo inveja não só o amor mas também a profunda amizade (...)".

Orhan Pamuk, in A casa do silêncio

2 comentários:

  1. Sentiste então a vida agarrar-te e preencher o vazio nas tuas veias, os teus músculos, a ânsia, o ardor.

    Beijo-te,

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    1. "...e depois pedi-lhe com os olhos para pedir outra vez sim e depois ele pediu-me se eu queria sim dizer sim minha flor da montanha e primeiro pus os braços à volta dele sim e puxei-o para baixo de mim para que pudesse sentir os meus seios todos perfume sim e o coração batia-lhe como louco e sim eu disse sim eu quero Sim."

      James Joyce, in Ulisses

      Beijo-te,

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