09/10/12

'to love solitude'

© Andrei Tarkovsky | Ivan's Childhood, 1962


“Learn to love solitude – to be more alone with yourselves. The problem with young people is their carrying out noisy and aggressive actions not to feel lonely – and this is a sad thing – the individual must learn to be on his own as a child – for this doesn’t mean to be alone: it means not get bored with oneself which is a very dangerous symptom, almost a disease.”  

Andrei Tarkovsky

2 comentários:

  1. “Loneliness is and always has been the central and inevitable experience of every man.”

    [Thomas Wolfe]

    Beijo-te,

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  2. "é bom estar só, pois a solidão é difícil, mas o facto de uma coisa ser difícil é mais uma razão para que a façamos.
    Também amar é bom, pois o amor é difícil. Amor de um ser humano por outro: isso é talvez o mais difícil que nos está destinado, o extremo, a prova e o exame final, a obra para a qual toda as outras são apenas preparação. É por isso que os jovens, novos em todas as coisas, ainda não sabem amar: têm de aprender primeiro. Têm de aprender a amar, com todo o seu ser, com todas as suas forças concentradas no coração que bate inquieto e ansioso. Mas o tempo de aprender é sempre prolongado e fechado, e assim é o amor por muito tempo e pela vida fora; a solidão é para aquele que ama um isolamento intenso e profundo. Amar não é, antes de mais, nada adquirido que se designa por abrir-se, entregar-se e unir-se a outra pessoa (pois o que seria uma união do ainda impreciso, do ainda por ordenar - ?) mas é um ensejo sublime para o indivíduo amadurecer - tornar-se algo dentro de si próprio, tornar-se mundo, mundo para si por amor a outra pessoa, é uma grande e ambiciosa exigência para ele, algo que o torna eleito e o destina à grandeza. Só neste sentido, como obrigação assumida de se trabalharem a si próprios («escutar e martelar noite e dia»), é que os jovens deveriam fazer uso do amor que lhes é oferecido. A perda no outro e a entrega a qualquer espécie de comunhão não é para eles (que ainda terão de poupar e juntar durante muito tempo, muito tempo) - é a finalização, é talvez aquilo para que as vidas quase já não chegam."

    Rainer Maria Rilke

    Beijo-te,

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