15/05/15

© Margaret Bourke-White


De que estamos à espera? O Absoluto tem um ou dois pormenores tapados com aquilo que as palavras quotidianas chamariam de nódoas; como marcas da pancada num joelho que se recusam a sair - memória (com má cor) de um grande acontecimento. De que estamos, pois, à espera para as limparmos - a essas duas, não mais, nódoas que persistem? Esperamos, simplesmente, porque temos medo do que ficará depois de as limparmos. Sem pelo menos uma hipótese de fuga, o Absoluto jamais será suportável pelos humanos.

Gonçalo M. Tavares, in Breves notas sobre ciência, o medo, as ligações 

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