19/05/15

© Imogen Cunningham



Mas se o corpo é uma criação divina, atalhou Mário, então o corpo deverá ser imortal. Como é que concilias a divindade do homem com a sua mortalidade? Eu não creio na imortalidade, respondi, e creio, no entanto, que o ser absoluto se encarna no homem. É aparentemente uma contradição, mas a contradição é inerente ao homem. A sua natureza é uma resultante da totalidade universal e, por isso, ele pode conhecer em si mesmo a plenitude do ser.

António Ramos Rosa, in As nádegas não são neuróticas - Prosas seguidas de diálogos

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