07/08/14

© Mark Abrahams| Philip Seymour Hoffman

"Creio que terei passado, no máximo, cinco horas na companhia de Philip Seymour Hoffman, vá lá, seis horas. Para além disso, foi apenas estar juntamente com outras pessoas nas filmagens de O Homem Mais Procurado, vendo-o nos monitores e dizendo-lhe depois que ele estava óptimo, ou decidindo que era melhor manter as minhas opiniões para mim mesmo.
Nem sequer fiz muitas coisas: um par de visitas ao local das filmagens, uma ridícula aparição como figurante que me obrigou a deixar crescer uma barba nojenta, demorou todo o dia e acabou por resultar numa imagem borrada de alguém que fiquei agradecido por não conseguir reconhecer. É provável que não exista nada mais inútil no mundo do cinema que um escritor da obra original a cirandar no local de filmagens do seu filme, como aprendi à minha custa. 
(...)
Nenhum outro actor teve em mim o impacto que Philip teve nesse primeiro encontro comigo: nem Richard Burton, nem Burt Lancaster ou mesmo Alec Guinness. Philip cumprimentou-me como se estivesse estado toda a sua vida à espera para me conhecer, o que, suspeito, era a maneira como ele cumprimentava toda a gente. Mas há muito tempo que eu desejava conhecer Philip." [continua aqui]

David Cornwell, 2014

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