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© Nuri Bilge Ceylan | For my father, 2008 |
"Quando acordares lembra-te de mim. Eu sou aquele que te pegou na mão, e o que te acariciou os cabelos. Estavas cheio de medo e o sono não conseguia arrastar-te para dentro de ti, nem o tempo para dentro de tua mais íntima idade. Precisavas de alguém que te amparasse a cabeça e te falasse em voz alta. Tantas vozes, lembras-te? Tanto silêncio, lembras-te? Eu estava lá e só eu te ouvia."
Manuel António Pina, in Todas as palavras
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