27/06/12

respira comigo

© Richard Misrach



"e o ar dos fins de tarde no Verão sobre as pálpebras, tem de haver pálpebras, tem de haver glóbulos, eles devem ter-me explicado, alguém me deve ter explicado, como é, o olho, à janela, frente ao mar, frente à terra, frente ao céu, à janela, exposto ao, no Verão, à tardinha, abrindo-se, voltando a fechar-se... eu devo ter compreendido, devo ter querido, devo ter querido o olho, para mim, devo ter experimentado, experimentei... eles amam-se, uma pessoa ama as vezes que são precisas, precisas para ser feliz... ela chora... chama-se a isso emoção, a força que a emoção tem, com que então a emoção é isso... respira comigo..." Samuel Beckett in, o inominável

2 comentários:

  1. "descobre em mim o eterno, o que arde, o que ama,
    ...e o vento do esquecimento arraste o que é doente!"

    [Juan Ramón Jiménez]

    Amo-te,

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  2. "amo-te e digo-te amo-te e quero-te para além da morte na vida

    estou sempre à tua espera para te amar e dizer tu és o meu nome o meu fim"

    António Gancho

    E beijo-te,

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