03/01/12

uma banalidade



Paul Bowles
"Foi aqui, pela primeira vez, que me tornei consciente de que um ser humano não é uma entidade, e que a sua interpretação dos fenómenos exteriores só faz sentido quando partilhada pelos outros membros de um grupo cultural. Uma banalidade, é certo, mas que me tinha escapado até então." Paul Bowles in, Memórias De Um Nómada

2 comentários:

  1. As minhas diversões eram sempre as mesmas. Acabava, pouco consciente, mas não menos abismado no crepúsculo que me envolvia, levantando a cabeça, sem sentir o menor incómodo pelos raios de sol que se quebravam nos meus olhos quase mortos.

    Beijo-te,

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  2. O regresso


    Como quem, vindo de países distantes fora de
    si, chega finalmente aonde sempre esteve
    e encontra tud no seu lugar,
    o passado no passado, o presente no presente,
    assim chega o viajante à tardia idade
    em que se confundem ele e o caminho.

    Entra entao pela primeira vez na sua casa
    e deita-se pela primeira vez na sua cama.
    Para trás ficaram portos, ilhas, lembranças,
    cidades, estações do ano.
    E como agora por fim um pão primeiro
    sem saber de palavras estrangeiras na boca.

    Manuel António Pina

    Sim, beijo-te.

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