30/11/12
29/11/12
suspender a noite e o coração
da natureza
Música: Efterklang | Magic chairs, 2012 | Realização: Kristian Leth
"O que me atrai é o ser humano. Carrascos ou vítimas, nós nunca somos só uma coisa. A natureza humana é complexa e, como artista, tenho a impressão que a minha função é iluminá-la. Filmo para conhecer o outro e a mim mesmo” Lee Chang-dong
ver as coisas
tudo o que vês
28/11/12
da beleza
Cedar Lake Contemporary Ballet | Coreografia: Benoit-Swan Pouffer
Música: Henri Purcell | Cold Song: "King Arthur", 1691 | Interpretação: Klaus Nomi
Música: Henri Purcell | Cold Song: "King Arthur", 1691 | Interpretação: Klaus Nomi
What power art thou,
Who from below,
Hast made me rise,
Unwillingly and slow,
From beds of everlasting snow!
Who from below,
Hast made me rise,
Unwillingly and slow,
From beds of everlasting snow!
See'st thou not how stiff,
And wondrous old,
Far unfit to bear the bitter cold.
And wondrous old,
Far unfit to bear the bitter cold.
I can scarcely move,
Or draw my breath,
I can scarcely move,
Or draw my breath.
Or draw my breath,
I can scarcely move,
Or draw my breath.
Let me, let me,
Let me, let me,
Freeze again...
Let me, let me,
Freeze again to death!
Let me, let me,
Freeze again...
Let me, let me,
Freeze again to death!
como ainda és possível
27/11/12
Há músicas
The Irrepressibles | Mirror Mirror, 2010
"Há músicas que só podemos
ouvir de joelhos."
Renata Correia Botelho in, Small Song
o que nos sai do coração
a árvore certa
![]() |
© Chris Searl
"No passeio, sob as árvores, quis sentar-se. Procurou a árvore certa, e apoiado nas suas costas, desatou a chorar. Ao baixar a cabeça, caiu-lhe uma lágrima. Chorava sobre os joelhos, sobre os punhos fechados na terra." F.M.
|
observam-me...
Música: Brideshead Revisited, 1981
Compositor: Geoffrey Burgon [1941 - 2010]
'As minhas lembranças observam-me'
Tomas Tranströmer
'As minhas lembranças observam-me'
Tomas Tranströmer
26/11/12
tudo
o tempo
© Andrei Tarkovsky | The Mirror, 1975
E ao descampado se chamava tempo
Por isso com teus gestos me vestiste
E aprendi a viver em pleno vento
Sophia Mello Breyner Andresen
passion and pain
25/11/12
24/11/12
essa coisa é que é a verdadeira
Lola
quando tudo ruía
© Peter Greenaway | The Belly of an Architect, 1987 | Música: Wim Mertens
Só tu me acompanhastes súbitos momentos
quando tudo ruía ao meu redor
e me sentia só e no cabo do mundo
Ruy Belo
23/11/12
o calor das coisas
palavras, memórias, dias, lugares...
Como poderia conformar-me?
© F.M. | Cemitério, 2011
se houvesse
22/11/12
hei-de passar um fio
deslumbradamente descobrir
21/11/12
io, este poema é para ti
tão exactas como o amor
se o homem pudesse dizer o que ama
Música: J. S. Bach | St Matthew Passion, 1727
Se o homem pudesse dizer o que ama,
Se o homem pudesse levar o seu amor pelo céu
Como uma nuvem na luz;
Se como muros que se derrubam,
Para saudar a verdade erguida no meio,
Pudesse derrubar o seu corpo para deixar só a verdade do amor,
A verdade de si mesmo;
Que não se chama glória, fortuna ou ambição,
Mas sim amor ou desejo,
Eu seria aquele que imaginava;
Aquele que com a língua, os seus olhos e as suas mãos
Proclama perante os homens a verdade ignorada,
A verdade do seu amor verdadeiro.
Luís Cernuda
e naquela noite
20/11/12
a vida aspirada para dentro
E, no meio do êxtase,
corresponde àquela parte de mim
19/11/12
o amor que lemos nos olhos
cinquenta e oito segundos
Chopin | Estudo em sol bemol maior, Op 25, nº 9
"Um dia, em conversa com alguns colegas da orquestra que em tom ligeiro falavam sobre a possibilidade da composição de retratos musicais, retratos autênticos (...) lembrou-se de dizer que o seu retrato, no caso de existir de facto uma música, não o encontrariam em nenhuma composição para violoncelo, mas num brevíssimo estudo de Chopin, opus vinte e cinco, número nove, em sol bemol maior. Quiseram saber porquê e ele respondeu que não conseguia ver-se a si mesmo em nada mais que tivesse sido escrito numa pauta e que essa lhe parecia ser a melhor das razões. E que em cinquenta e oito segundos Chopin havia dito tudo quanto se poderia dizer a respeito de uma pessoa a quem não podia ter conhecido. Durante alguns dias, como amável divertimento, os mais graciosos chamaram-lhe cinquenta e oito segundos (...)."
José Saramago in, As intermitências da morte
o tempo que resta...
Subscrever:
Mensagens (Atom)