"A primeira vez que fui ao Brasil, perguntei por que não havia touradas, uma excepção em quase toda a América Latina onde elas despertam interesse e afición. Um amigo explicou-me: A coisa tentou-se mas o negócio não deu, não. (...) Não é que o Povo torcia pelo touro? Era. Aplaudia o touro e assobiava o toureiro. Aí os toureiros se desmoralizaram muito e a coisa não tinha condições.
Creio que o Brasil corresponde àquela parte de mim que também torce pelo touro, que homenageia a sua fúria solitária, a sua coragem desacompanhada, contra o jogo, a astúcia e as vantagens do homens."
António Alçada Baptista in, A pesca à linha - alguma memórias
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