“(...) as pupilas dilatam-se e há amor no olhar. Não o amor que se sente pelo trabalho ou por uma amante ou não importa qual fogueira de paixão que a maioria de nós escolhe para dizer que ama. É o amor que lemos nos olhos das pessoas de idade casadas e felizes juntas há dezenas e dezenas de anos, ou naqueles crentes de tal maneira crentes ao ponto de dedicarem a sua existência à fé: um amor que se mede naquilo que custou, no que foi preciso renunciar por ele. Que tenha havido uma ‘escolha’ ou não deixa de ter importância… é precisamente a renúncia a si mesmo e ao poder de escolher que dá forma a esse amor.” David Foster Wallace in, DF Wallace enquanto experiência religiosa por Rui Catalão
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"eram os teus olhos, labirintos de água, terra, fogo, ar,
ResponderEliminarque eu amava quando imaginava que amava. era a tua
a tua voz que dizia as palavras da vida. era o teu rosto."
[J.L. Peixoto]
São.
Liberdade não conheço outra senão a liberdade de estar preso a alguém
ResponderEliminarCujo nome não posso ouvir sem um calafrio;
Alguém por quem me esqueço desta existência mesquinha,
Por quem o dia e a noite são para mim o que queira,
E o meu corpo e espírito flutuam no seu corpo e espírito
Como troncos de árvore perdidos que o mar submerge ou levanta
Livremente, com a liberdade do amor,
A única liberdade que me exalta,
A única liberdade por que morro.
Tu justificas a minha existência:
Se não te conheço, não vivi;
Se morro sem te conhecer, não morro, porque não vivi.
Luís Cernuda
Beijo-te,