© Arno Rafael Minkkinen | Finland, 2009
"Esse país [Finlândia] é o menos corrupto do mundo (diga-se desde já) e encontra-se situado na primeira linha de crescimento, inovação, difusão tecnológica e protecção social. Conta com vinte orquestras sinfónicas para os seus cinco milhões de habitantes. São parcos em palavras, é verdade, mas comunicam com uma sensatez e inteligência inabituais nos países latinos. E, além disso, não são mais tristes do que um andaluz em plena borga.
(...)
A existência das vinte orquestras sinfónicas é uma das chaves da sua prosperidade espiritual. Foram pioneiros no estabelecimento do sufrágio universal e também nas comunicações telefónicas (...). Não há, por outro lado, apagões e os comboios suburbanos funcionam com uma perfeição alucinante. Os aeroportos são um modelo de ordem, geometria, calma e transparência. Os políticos são muito eficazes e não aparecem na televisão, para poderem dispor de mais tempo para trabalhar.
(...) um país onde tudo é de uma normalidade esmagadora e onde, por muito que se diga, se soube sempre encontrar maneira para não ter de ficar estupidamente às escuras."
Enrique Vila-Matas in, Diário Volúvel
|
Sem comentários:
Enviar um comentário