31/01/12

sem outro intuito

©  Lara Jacinto | 2011



Atirávamos pedras
à água para o silêncio vir à tona.
O mundo, que os sentidos tonificam,
surgia-nos então todo enterrado
na nossa própria carne, envolto
por vezes em ferozes transparências
que as pedras acirravam
sem outro intuito além do de extraírem
às águas o silêncio que as unia.

Luís Miguel Nava

2 comentários:

  1. "Sê paciente; espera
    que a palavra amadureça
    e se desprenda como um fruto
    ao passar o vento que a mereça."

    [Eugénio de Andrade]

    Beijo-te,

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  2. "A justa luz que nasce das palavras..."
    antónio franco alexandre‏

    E sim, beijo-te.

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