© FJorge | Dezembro, 2015 |
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Liberdade não conheço senão a liberdade de estar preso em alguém
Cujo nome não posso ouvir sem arrepio;
Alguém por quem me esqueço desta existência mesquinha,
Por quem o dia e a noite são para mim o que quiser.
E meu corpo e espírito flutuam em seu corpo e espírito
Como troncos perdidos que o mar afoga ou levanta
Livremente, com a liberdade do amor,
A única liberdade que me exalta,
A única liberdade por que morro.
Tu justificas minha existência:
Se não te conhecer, não vivi;
Se morrer sem te conhecer, não morro, porque não vivi.
Luís Cernuda
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