© Mark Abrahams| Philip Seymour Hoffman |
"Creio que terei passado, no máximo,
cinco horas na companhia de Philip Seymour Hoffman, vá lá, seis horas. Para
além disso, foi apenas estar juntamente com outras pessoas nas filmagens
de O Homem Mais Procurado, vendo-o nos monitores e dizendo-lhe depois que ele
estava óptimo, ou decidindo que era melhor manter as minhas opiniões para mim
mesmo.
Nem sequer fiz muitas coisas: um par de visitas ao
local das filmagens, uma ridícula aparição como figurante que me obrigou a
deixar crescer uma barba nojenta, demorou todo o dia e acabou por resultar numa
imagem borrada de alguém que fiquei agradecido por não conseguir reconhecer. É
provável que não exista nada mais inútil no mundo do cinema que um escritor da
obra original a cirandar no local de filmagens do seu filme, como aprendi à
minha custa.
(...)
Nenhum outro actor teve em mim o impacto que Philip
teve nesse primeiro encontro comigo: nem Richard Burton, nem Burt Lancaster ou
mesmo Alec Guinness. Philip cumprimentou-me como se estivesse estado toda a sua
vida à espera para me conhecer, o que, suspeito, era a maneira como ele
cumprimentava toda a gente. Mas há muito tempo que eu desejava conhecer
Philip." [continua aqui]
David Cornwell, 2014
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