Interrogo-me sobre as árvores. Porque quero eu ter em mim o seu som, mais do que qualquer outro som tão mais próximo de casa? Sentimo-las a cada dia até que se percam todas as medidas de ritmo e se escute o ar. Elas são como quem fala em partir sem nunca se afastar; como quem fala não mais do que conhece e assim crescem, cuja vida significa ficar.
"...cada árvore, como cada um de nós, é um ser absoluto e irreptível, idêntico apenas mutantemente a si mesmo, uma vida única com uma história única, um passado para sempre atado, de forma única, ao nosso próprio passado. (...) O que há, como dizia o outro, é pouca gente para dar por isso. E para deslumbradamente descobrir que o belo é útil por ser belo."
Interrogo-me sobre as árvores. Porque quero eu ter em mim o seu som, mais do que qualquer outro som tão mais próximo de casa? Sentimo-las a cada dia até que se percam todas as medidas de ritmo e se escute o ar. Elas são como quem fala em partir sem nunca se afastar; como quem fala não mais do que conhece e assim crescem, cuja vida significa ficar.
ResponderEliminarBeijo-te,
"...cada árvore, como cada um de nós, é um ser absoluto e irreptível, idêntico apenas mutantemente a si mesmo, uma vida única com uma história única, um passado para sempre atado, de forma única, ao nosso próprio passado. (...) O que há, como dizia o outro, é pouca gente para dar por isso. E para deslumbradamente descobrir que o belo é útil por ser belo."
EliminarManuel António Pina in, Por outras palavras
Beijo-te,