19/12/11

Era uma vez...

Hanna, 2011 | Joe Wright

«Alguns anos depois, tinham desaparecido todos os vestígios da ferida.»
Ernst Jünger

2 comentários:

  1. Nós fazemo-nos humanos para caber, na perfeição e sem ruído.
    Uma ou duas vezes, em momentos roubados ao tempo, em olhos preciosos, quebramos o falso molde e escapamos a este mundo de tempos racionais.

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  2. O que me tranquiliza
    é que tudo o que existe,
    existe com uma precisão absoluta.
    O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete
    não transborda nem uma fração de milímetro
    além do tamanho de uma cabeça de alfinete.
    Tudo o que existe é de uma grande exatidão.
    Pena é que a maior parte do que existe
    com essa exatidão
    nos é tecnicamente invisível.
    O bom é que a verdade chega a nós
    como um sentido secreto das coisas.
    Nós terminamos adivinhando, confusos,
    a perfeição.

    Clarice Lispector

    Beijo-te,

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