Nós fazemo-nos humanos para caber, na perfeição e sem ruído. Uma ou duas vezes, em momentos roubados ao tempo, em olhos preciosos, quebramos o falso molde e escapamos a este mundo de tempos racionais.
O que me tranquiliza é que tudo o que existe, existe com uma precisão absoluta. O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete não transborda nem uma fração de milímetro além do tamanho de uma cabeça de alfinete. Tudo o que existe é de uma grande exatidão. Pena é que a maior parte do que existe com essa exatidão nos é tecnicamente invisível. O bom é que a verdade chega a nós como um sentido secreto das coisas. Nós terminamos adivinhando, confusos, a perfeição.
Nós fazemo-nos humanos para caber, na perfeição e sem ruído.
ResponderEliminarUma ou duas vezes, em momentos roubados ao tempo, em olhos preciosos, quebramos o falso molde e escapamos a este mundo de tempos racionais.
O que me tranquiliza
ResponderEliminaré que tudo o que existe,
existe com uma precisão absoluta.
O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete
não transborda nem uma fração de milímetro
além do tamanho de uma cabeça de alfinete.
Tudo o que existe é de uma grande exatidão.
Pena é que a maior parte do que existe
com essa exatidão
nos é tecnicamente invisível.
O bom é que a verdade chega a nós
como um sentido secreto das coisas.
Nós terminamos adivinhando, confusos,
a perfeição.
Clarice Lispector
Beijo-te,